A Escola Basílio Batista
É um educandário singular
Vem no desfile cívico deste ano
Um belo cordel dedilhar
Trazendo a inovação como o tema:
“Corrupiando a cultura do lugar”.
Do mesmo modo da nossa cidade
É uma escola bem pequena
Em sessenta e sete foi criada
Sempre teve a qualidade como lema
Hoje são cento e cinquenta alunos
Pois estudar lá vale a pena.
Neste ano de dois mil e onze
Vamos homenagear nossa cultura
Timbaúba terra rica de costumes
Quem ta triste vem pra cá logo se cura
Pois corrupiando a cultura do lugar
Que é genuína, singular e que é pura.
Abrindo o desfile da escola
Tremula a flâmula brasileira
Do lado direito e tão bela
Do nosso Estado a bandeira
E do outro lado, o esquerdo
O pendão da nossa terra guerreira
No inicio de nossa colonização
Pelos rios seco tangendo o gado
Chegou o vaqueiro com seus aboios
Com grande cultura deixou um legado
Pegando a rês na espinhosa caatinga
Não podia deixar de ser homenageado
Quem é de Timbaúba, logo é reconhecido
Pois uma boa identidade tem esta terra
Falar alto, beber boas doses de pinga
Queijo quente, carne de sol quem se nega?
Numa mesa com uma toalha bordada
Alegria assim, vai além, nunca encerra
Um grande expoente de nossa cultura
Preservando com imagens nossa cidade
José Raimundo é o nome do fotógrafo
Suas lentes são históricas de verdade
Numa justa e pertinente homenagem
Muitos aplausos ele merece com vontade
Zé Raimundo gosta é de mostrar gente
Na labuta de suas histórias sofridas
Fotografou o homem no seu trabalho
Mostrando a dureza digna das vidas
É um belo poemas as suas fotos
De um povo feliz, apesar das feridas
Em dezembro tem uma festa em Timbaúba
A mais antiga em honra a São Severino
Filhos ausentes ao seu torrão retornam
Para com fé entoar seu belo hino
A exemplo das aves de arribação
Vêem aqui cumprir grande destino
Mas seu menino outra coisa vou falar
E isso desde há muito tenho dito
Quem esparramou o nome desta terra
Foi Elino Julião o homem bendito
Com suas músicas tocando nas emissoras
Fez tanto sucesso e logo virou mito
Variado é o seu rico repertório
O Nascimento cortou o “Rabo do jumento”
Não sei se o guardou no “Cofrinho de amor”
Só sei que foi “Dentro do movimento”
Pois “Meu coração é das mulheres”
E do meu jegue “Tenho ciúme até do vento”
Encerrando o grande desfile
Vem aí nossa linda filarmônica
Jovens talentosos e dedicados
Com esta manifestação hegemônica
Colocando a cultura desta terra
No altar de uma igreja polifônica
São tantos os jovens deste belo projeto
Tocando cada tipo de instrumento!
Não sei se é pra compensar o rabo do jerico
O grande empenho de Cida Nascimento
Graças ao grande maestro Mizael
À noss’alma o espetáculo traz alento
Depois de ver o belo corrupio
Do grande desfile cívico da escola
Conhecendo um pouco de nossa cultura
De Timbaúba, que é show de bola
Pedimos uma imensa salva de palmas
E com o satisfeito cheio vamos embora.
Laudo Esdra
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