Saudades dos Rondonistas

Marechal Rondon, foi um dos maiores desbravadores do interior do Brasil. No início do século XX, quando a maior parte dos sertões eram desconhecidos da civilização ocidental, Rondon desbravou esta imensa área com o intuito de integrar todo o território nacional por meio de linha de telégrafos. Além de lançar as linhas telegráficas, Rondon ainda cumpriu a sua missão abrindo caminhos, desbravando terras, fazendo mapeamentos do terreno e principalmente estabelecendo relações cordiais com os índios. 

Foto de Rondon

Um século depois, inspirados no Marechal Cândido Rondon, um grupo integrado por professores e estudantes da PUC-RS e Univesidade Severino Sombra-RJ, seguiu para o Nordeste, mais precisamente para Timbaúba dos Batistas-RN, em janeiro e fevereiro de 2011 e nessa cidade deixaram marcas indeléveis nas mentes e corações de seus moradores.

Foram duas semanas de muitas atividades, nas quais os rondonistas ajudaram aos moradores de Timbaúba a refletir a respeito de sua terra, vendo os problemas, detectando as potencialidades e planejando ações com vistas a melhorar a realidade social da população.

Rondonistas da PUC-RS e USS-RJ

Várias atividades foram realizadas na Escola Basílio Batista e todas contribuíram para o aprendizado dos participantes. Os timbaubenses ficaram muito felizes com esta troca de informações e experiências ocorridas em função do Projeto. E ficamos ainda mais lisonjeados com os depoimentos desses novos amigos, dentre eles o de Juliana Caregnato, da PUC-RS:

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Rondonista do Rio Grande do Sul se encanta pelo Norte do País.

Viver o Projeto Rondon é uma experiência tão ampla e rica que se torna difícil traduzir em palavras. Durante os meses que convivi com as pessoas maravilhosas que compõe a equipe de que faço parte encontrei o princípio das respostas que procurava. Pude refletir sobre opiniões, comportamentos, valores e personalidades. Observei e aprendi a conviver com pessoas diferentes. Pude enxergar com meus próprios olhos uma realidade diferente da minha, que eu sabia em tese existir. E além de enxergar, pude viver, sentir, sorrir e chorar essa realidade. Viver o dia-a-dia de Timbaúba, sentir o carinho dos moradores, tentar entender suas esperanças. Sorrir de satisfação pelo trabalho bem feito e chorar de emoção e felicidade por estar aqui e saber que esses dias marcaram muita coisa em mim. Quando me inscrevi para o projeto buscava autoconhecimento, sem dúvida encontrei muito mais que isso. Encontrei novos amigos, novos valores, novas idéias e novos objetivos.

Estar aqui valeu cada esforço. Cada prova ou aula perdida, cada fim de semana trabalhado, cada reunião até mais tarde. Valeu muito mais que isso. O que recebemos dos cidadãos de Timbaúba (e do Projeto Rondon) é muito maior do que tudo o que possamos oferecer. Aprendemos muito mais do que ensinamos.

A todos os rondonistas a nossa eterna gratidão e saudade!