Total de visualizações de página

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sopros de ar, notas de vida...”

Sopros de ar, notas de vida...”


A clave de sol que une o mundo todo finalmente consegue fazer acontecer uma grande e linda explosão de notas seridoenses. Os pés alinhados e fortes marcam o caminho trilhado entre o esforço do passado e o reconhecimento do presente. A multidão esperava ansiosa, as cavalarias chegarem, e no luar da bandeira do soldado São Severino Mártir, os encantos começarem.
Para abrir as cortinas do castelo, nada melhor que os guerreiros de laranja, que do alto dos montes, buscam inspiração e uma persistência que nos que nos encanta. Com uma pitada de veneno e a mais simples leveza, o maestro Alzimar Trajano se firma no solo e conduz aquele timbre de beleza. É o trem das onze estava passando e o resto era só aplaudir aqueles talentos que estavam nos encantando.
Para iluminar a felicidade do natal, nada mais, nada menos que o irradiante sol cruzetense, que a partir de uma simples nota musical conseguia fazer a fotossíntese da paz, iluminar sorrisos e irradiar essa esfera que mais me parece uma semibreve que todos chamam de mundo. Onde o amarelo dos raios se misturava com o branco da neve do maravilhoso mestre Bembem Dantas, que consegue selecionar músicas de um conhecimento e de um sentimento enorme no meio de tantas.
Como falar... Ah se o nosso pai Elino Julião pudesse estar ali, emocionado e feliz, junto ao encanto do jardim, pois dizem que o mais belo de uma casa é o jardim, e nele nós estávamos as esplendidas Flores de Lis. Que no balanço dançante do vento fazia a mistura entre o roxo, o laranja e o amarelo, que cantava sem medo da estréia, que tomava banho no luar, que envelhecia nas vozes de um arribado forró da coréia, que fazia o povo dançar. Nós queríamos mostrar a cara do Brasil e sair a mais de mil nos improvisos de um tal de dixilane que ninguém nunca viu. Nunca viu e gostou, pois dali era só dar uma varrida de verdade e levantar a poeira de felicidade. E aí, pra sair tudo direito... Vá com jeito, vá com jeito, vá com jeito.
“A vida é a arte do encontro... Embora haja tantos desencontros nessa vida” diz Vinícius de Morais. Eu diria de forma menos culta que só existem desencontros onde não existe música, pois “Só se pode cantar alegria quando se pode cantar”... E ouvir sair da boca de um telespectador que o maior momento da história de Timbaúba estava ali, me fazia lembrar mais uma vez do saudoso Elino Julião, que por mais que fosse difícil seu trabalho ainda podia sorrir e dizer em meu pensamento... Pode entrar que eu não quero pagamento. Agora, o que nos resta é estender os tapetes vermelhos para a próxima emoção que nos convida, a continuar dando “Sopros de ar, notas de vida...”
ALUNO DA FILARMÔNICA ELINO JULIÃO E ESTUDANTE DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA BASÍLIO BATISTA
Adson Gomes Dos Santos.

Fonte: Blog da Filarmônica Elino Julião

2 comentários:

  1. Esse é um menino de ouro, podemos apostar nele, pois ele vai longe,.......

    ResponderExcluir
  2. Todo o corpo de professores e funcionários fica extramente orgulhoso por ter um aluno como Adson estudando na Escola Basílio Batista. Além de ser um talentoso instrumentista, Adson ainda nos surpreende com esta bela crônica.
    Laudo Esdra.

    ResponderExcluir