Sopros de ar, notas de vida...”
A clave de sol que une o mundo todo finalmente consegue fazer
acontecer uma grande e linda explosão de notas seridoenses. Os pés alinhados e
fortes marcam o caminho trilhado entre o esforço do passado e o reconhecimento
do presente. A multidão esperava ansiosa, as cavalarias chegarem, e no luar da
bandeira do soldado São Severino Mártir, os encantos começarem.
Para abrir as cortinas do castelo, nada melhor que os
guerreiros de laranja, que do alto dos montes, buscam inspiração e uma
persistência que nos que nos encanta. Com uma pitada de veneno e a mais simples
leveza, o maestro Alzimar Trajano se firma no solo e conduz aquele timbre de
beleza. É o trem das onze estava passando e o resto era só aplaudir aqueles
talentos que estavam nos encantando.
Para iluminar a felicidade do natal, nada mais, nada menos
que o irradiante sol cruzetense, que a partir de uma simples nota musical
conseguia fazer a fotossíntese da paz, iluminar sorrisos e irradiar essa esfera
que mais me parece uma semibreve que todos chamam de mundo. Onde o amarelo dos
raios se misturava com o branco da neve do maravilhoso mestre Bembem Dantas,
que consegue selecionar músicas de um conhecimento e de um sentimento enorme no
meio de tantas.
Como falar... Ah se o nosso pai Elino Julião pudesse estar
ali, emocionado e feliz, junto ao encanto do jardim, pois dizem que o mais belo
de uma casa é o jardim, e nele nós estávamos as esplendidas Flores de Lis. Que
no balanço dançante do vento fazia a mistura entre o roxo, o laranja e o
amarelo, que cantava sem medo da estréia, que tomava banho no luar, que
envelhecia nas vozes de um arribado forró da coréia, que fazia o povo dançar. Nós
queríamos mostrar a cara do Brasil e sair a mais de mil nos improvisos de um
tal de dixilane que ninguém nunca viu. Nunca viu e gostou, pois dali era só dar
uma varrida de verdade e levantar a poeira de felicidade. E aí, pra sair tudo
direito... Vá com jeito, vá com jeito, vá com jeito.
“A vida é a arte do encontro... Embora haja tantos
desencontros nessa vida” diz Vinícius de Morais. Eu diria de forma menos culta
que só existem desencontros onde não existe música, pois “Só se pode cantar
alegria quando se pode cantar”... E ouvir sair da boca de um telespectador que
o maior momento da história de Timbaúba estava ali, me fazia lembrar mais uma
vez do saudoso Elino Julião, que por mais que fosse difícil seu trabalho ainda
podia sorrir e dizer em meu pensamento... Pode entrar que eu não quero
pagamento. Agora, o que nos resta é estender os tapetes vermelhos para a
próxima emoção que nos convida, a continuar dando “Sopros de ar, notas de
vida...”
ALUNO DA FILARMÔNICA ELINO JULIÃO E ESTUDANTE DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA BASÍLIO BATISTA
Adson Gomes Dos Santos.
Fonte: Blog da Filarmônica Elino Julião
Fonte: Blog da Filarmônica Elino Julião
Esse é um menino de ouro, podemos apostar nele, pois ele vai longe,.......
ResponderExcluirTodo o corpo de professores e funcionários fica extramente orgulhoso por ter um aluno como Adson estudando na Escola Basílio Batista. Além de ser um talentoso instrumentista, Adson ainda nos surpreende com esta bela crônica.
ResponderExcluirLaudo Esdra.