Hodiernamente a sociedade vive um paradoxo muito grande, de um lado se aprende muito e do outro cada vez mais pessoas fracassam no aprendizado. E qual é a razão desta contradição?
Com o avanço das tecnologias, sobretudo da informática, as informações começaram a ser apresentadas de forma fragmentadas, não lineares e até superficiais. Por outro lado, avançadas mídias, apossando-se das informações e as sintetizando num conhecimento próprio. Toda esta mudança ocorreu num espaço de tempo muito curto, sem que a escola pudesse adaptar-se a esta demanda.
A escola perdeu o posto de maior e primeira fonte de conhecimento, tendo que dividir com diversos outros atores o protagonismo deste enredo. Sendo que esses outros atores são na maioria das vezes mais atraentes e informativos do que os bancos escolares.
Outro ponto gerador de inquietudes se dá por causa da volatilidade das informações . BERMAN, Marshall. na sua obra Tudo o que é sólido desmancha no ar, discorre a respeito de que a modernidade é capaz de desfazer o que até então era “eterno”, desfazendo todas as verdades. O cidadão pós-moderno ou tecnológico não deve acatar todas as informações como sendo imutáveis. O conhecimento é relativo, tudo depende do ponto de vista de cada um. Desde 1905 que Einstein rompia com as verdades da previsibilidade cartesiana e alguns setores da sociedade, dentre eles a escola, mais de um século depois ainda se apega a essas concepções caducas.
Numa sociedade em que a escola pública ainda nem alfabetiza os seus alunos, parece até uma utopia desenvolver os cinco tipos de capacidades para a gestão metacognitiva do conhecimento elencadas por Pozo. No entanto estão aí as exigências do mundo atual para a escola, e não podemos nos olvidar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário