O Estado do RN, gasta 15 vezes mais recursos para manter um presidiário do que gasta para manter um estudante nas suas escolas. Como quer o Rio Grande do Norte se preparar para o futuro se não investe o necessário na educação.
Veja a matéria postada no blog de Marcos Dantas, retirada do Tribuna do Norte:
Preso custa 15 vezes mais que aluno ao cofres do RN
O contribuinte potiguar paga, por mês, R$ 3 mil e 500 reais para manter
atrás das grades cada preso do sistema carcerário do Rio Grande do
Norte. O valor é alto quando comparado com o que é gasto para manter,
por igual período, um aluno dentro da sala de aula. Mensalmente, a
Secretaria Estadual de Educação e da Cultura (Seec) gasta quinze vezes
menos do que custa um detento. São apenas R$ 233,88 por aluno. A
disparidade entre os valores gera revolta especialmente entre os
educadores, que questionam a importância dada à pasta.
A Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), subordinada à
Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), conhece quais as
despesas que fazem o custo com cada um dos 5.765 detentos ser tão
elevado. Alimentação, salário dos funcionários, água, energia,
manutenção dos prédios, viaturas e locação de veículos. Tudo isso entra
na conta da Coape. O coordenador ironiza quando questionado sobre a
desigualdade entre os valores gastos com presos e alunos. "A
penitenciária é uma escola em tempo integral. Damos café, almoço e
jantar".
Os presídios deveriam funcionar como instrumentos de ressocialização
dos apenados. Após cumprir a pena imposta pela Justiça, os presos
estariam aptos a voltar à sociedade. Mas, do valor usado para custear a
detenção de um preso, pouco sobra para investir em atividades que ocupem
o tempo e a mente daqueles que estão privados da liberdade.
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